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Imagem: freepik

Com a retomada gradativa da economia, os processos de recrutamento e seleção de pessoas também se reiniciam, mesmo que lentamente. Porém, engana-se quem acredita que o volume de pessoas procurando emprego indica facilidades para encontrar um bom candidato. É cada vez mais complexo achar pessoas qualificadas com as competências exigidas para um futuro de incertezas e alta complexidade.

É fato que houve um aumento no desemprego, mas algumas ponderações são importantes para entendermos porque o aumento do número de pessoas procurando trabalho não significa facilidades nesse sentido. São algumas características dos profissionais e de um novo contexto das organizações que explicam esse fenômeno. Abaixo listamos algumas delas:

- Ao mesmo tempo em que muitas empresas estão demitindo profissionais para reduzir custos ou adaptar estruturas, outras contratam como nunca para setores que foram impulsionados pela pandemia, como tecnologia e logística.

- Muitas pessoas ainda não querem buscar por um trabalho remoto ou como freelancer, e esse tem sido o formato mais encontrado nas vagas. Isso dificulta a busca por profissionais que se interessem por vagas de home office ou para prestar serviços temporários. Ainda existe um preconceito sobre o trabalho à distância também por parte das pessoas.

- Nem todas as empresas conhecem ferramentas que permitam o recrutamento a distância como forma de agilizar o processo, reduzir custos e evitar a necessidade do encontro presencial em tempos de pandemia.

- A falta de detalhamento das novas vagas acaba atraindo candidatos pouco qualificados e dificulta o andamento das etapas iniciais do processo seletivo.

- O novo contexto tem demandado competências que em outros tempos não eram tão críticas como agora. Um exemplo são as habilidades técnicas relacionadas as ferramentas de comunicação. Na parte comportamental, tem sido muito requisitada autonomia, empatia e habilidades para realizar liderança remota.

- Em muitos casos, a pandemia acelerou processos de aposentadoria ou afastamento do trabalho. São pessoas que decidiram encerrar suas carreiras por diversos motivos e não são mais uma opção de seleção.

A partir dessas análises, precisamos refletir qual tipo de recrutamento é mais indicado nesse momento: por quantidade ou qualidade?

Se pensarmos que o número de profissionais realmente disponíveis e qualificados pouco se alterou, recrutar por quantidade pode gerar perda de tempo, dinheiro e alguns riscos. Colocar em processos seletivos pessoas pouco qualificadas acarreta grande desperdício e custos.

O ideal é desenvolver etapas seletivas que possam, de forma simples e barata, identificar com agilidade e assertividade quem são os candidatos que realmente tem sinergia com a vaga. Ferramentas de assessment e testes online sobre competências técnicas são uma excelente forma de reduzir o envolvimento direto e criar uma etapa de seleção prática e ágil.