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POR QUE INVESTIR EM TESTES PARA IDENTIFICAR PESSOAS

  • 23 DE July DE 2020
  • Ricardo Missel
  • Artigos

Encontrar bons candidatos para vagas de trabalho sempre foi um dos maiores desafios dos responsáveis por RH e gestão de pessoas. Nesse momento de aumento do desemprego, essa tarefa pode ser tornar ainda mais difícil em virtude da competitividade por atrair e manter os melhores candidatos. Torna-se mais fácil recrutar pessoas que parecem que podem atender as demandas da vaga, mas com o passar do tempo comprovam que não tinham o perfil correto para isso.

Testes de mapeamento de perfil são a melhor forma de solucionar esse tipo de problema. São eles que reduzem a subjetividade que é comum aos processos de seleção, por julgamentos precipitados e distorções possíveis em uma análise apenas humana e não científica.

Mesmo assim, muitos testes ainda se mostram antiquados e desatualizados para atender um novo mercado mais dinâmico e disruptivo. A maioria das alternativas disponíveis no mercado apresentam diversas barreiras que dificultam a utilização dessas ferramentas. As principais são:

- custo;

- burocracia para aquisição;

- obrigatoriedade de compra mínima;

- complexidade dos relatórios;

- aplicação presencial;

- exigência de treinamento para interpretação.

Todas essas circunstâncias afastam os gestores da possibilidade de tornar um teste de mapeamento de perfil uma alternativa simples e eficiente para selecionar os profissionais de forma assertiva. A sensação é que muitas vezes as alternativas de teste, para serem boas, precisam ser complexas e de difícil acesso.

Uma das grandes armadilhas do processo de seleção de pessoas está na tentativa dos candidatos em demonstrar as habilidades que julguem importantes para vaga, mesmo que não as possuam. Ao encontro disso, a pouca habilidade em detectar essas armadilhas por parte dos entrevistadores aumenta esse desafio, que é ainda maior na perspectiva de que, mais do que nunca, o gestor diretor do candidato é envolvido nesse processo sem estar preparado para isso.

A entrevista de seleção por si só não consegue responder se o candidato consegue realmente fazer o trabalho, por mais que o número de entrevistas tenha aumentado ao longo dos anos, com o envolvimento de outras pessoas que não apenas o RH (gestor direto, pares, pessoas estratégicas relacionadas a atividade).

Para algumas áreas mais técnicas, a simulação das atividades do dia a dia de trabalho sempre facilitaram a assertividade do processo. Mesmo assim, quando a relação empresa-colaborador evolui para demissão, a maior probabilidade é que essa seja motivada por questões comportamentais que poderiam ser identificadas com um mapeamento de perfil comportamental.

O teste de mapeamento de competências não substituí nenhuma etapa do processo de seleção. Ele é complementar e essencial para o bom resultado. É fundamental que em alguma etapa haja o envolvimento das pessoas que têm relação direta com o candidato, pois certamente terão considerações relevantes em relação ao seu perfil, considerando que tenham experiência referente às habilidades que a vaga demanda. O acompanhamento em uma entrevista apenas como ouvinte ou com questionamentos bem específicos pode fazer toda a diferença.

Estar cercado dos funcionários mais preparados e reduzir as possibilidades de erro na contratação promove benefícios muito impactantes. Pesquisas revelam que o custo de contratar equivocadamente pode chegar até 15 vezes o valor do salário do profissional para vaga.

Invista em testes de mapeamento de perfil, reduza os custos com falhas no processo seletivo e tenta por perto os profissionais mais preparados para cada demanda.

*Ricardo Missel é sócio da Missel Capacitação Empresarial, Administrador e Especialista em Design Estratégico.

Imagem do Artigo: Designed by yanalya / Freepik