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Como a Inteligência Artificial vai impactar 2021 e o futuro do RH?

  • 12 DE January DE 2021
  • Simoni Missel
  • Artigos

imagem: freepik / vectorjuice

Os impactos da pandemia em 2020 são inquestionáveis. Novas formas de fazer o que fazíamos a décadas precisaram se transformar em semanas. As mudanças ocorreram por força-bruta, sem possibilidade de debates ou questionamentos.

Passados alguns meses dessa nova realidade, podemos identificar agora que a maioria das transformações relacionadas ao novo cenário vieram para ficar, não apenas por imposição, mas porque trouxeram respostas melhores do que tínhamos anteriormente. Processos mais ágeis, menos burocracia, redução de custo e otimização do tempo são apenas algumas das melhorias que vieram com as mudanças. E o que impulsionou isso de maneira mais direta foi a tecnologia e a Inteligência Artificial (IA).

Inteligência Artificial é um campo de estudo que considera uma série de tecnologias e que tem como objetivo desenvolver máquinas ou sistemas que possam reproduzir a inteligência humana. Simuladores, algoritmos, redes neurais, sistemas de aprendizado autônomo entre outras práticas são exemplos de IA.

Ao desenvolvermos esse tipo de inteligência conseguimos terceirizar muitas atividades que hoje são desenvolvidas por pessoas. O exemplo mais comum de IA que temos nos dias de hoje são as indústrias que trabalham com robôs em linhas de produção. Muitas vezes, linhas de produção em fábricas funcionam com 100% de inteligência artificial realizando atividades que antes eram desenvolvidas por pessoas.

Isso parecia uma realidade bastante distante da vida particular de cada um de nós, ou até das empresas de pequeno porte. Hoje, em 2021, já temos exemplos de inteligência artificial dentro da nossa própria casa. O Netflix (serviços de streaming de vídeos) e a Alexa (assistente virtual para residências criado pela Amazon) são exemplos claros de como a IA já faz parte do nosso dia a dia.

Mas como isso impacta o futuro do RH?

No RH, o maior impacto da IA está relacionado ao redirecionamento das pessoas, no que diz respeito ao tipo de tarefa que precisam executar. Agora, tarefas mais repetitivas e que demandem menos análise crítica e fator emocional podem ser realizadas pela IA. É um movimento onde as pessoas passam de atores operacionais para atores estratégicos, num cenário onde precisam utilizar seu maior diferencial para incrementar os resultados: a capacidade de raciocínio lógico e emocional.

Esse movimento traz uma tendência a criação de ambientes organizacionais mais enxutos e colaborativos, onde as pessoas são mais demandadas em relação às suas habilidades de comunicação e relacionamento, além da visão estratégica e pensamento crítico. Apesar de ser desenvolvida por pessoas, a IA exige um nível de complexidade do conhecimento humano para que possa ser aproveitada de maneira realmente impactante.

Nesse sentido, é provável que muitas pessoas e os responsáveis pelo RH das organizações precise trabalhar na identificação e desenvolvimento de programas focados em competências comportamentais. Apesar da constante evolução e estudos sobre a IA, ainda não conseguimos reproduzir através dela os comportamentos que tenham influência direta de sentimentos, emoções e pensamento crítico e ético elevado.

O que para muitos pode parecer uma ameaça, para outros pode ser a solução de muitos problemas. A diferença entre os que pensam diferente está diretamente ligada à capacidade de se reinventar e identificar as oportunidades e possibilidades de crescimento. Não há dúvida de que a Inteligência Artificial veio para melhorar o mundo em uma viagem sem volta. Mas assim como todas as mudanças, ela exigirá movimento e abandono da zona de conforto.